Meus 6 principais aprendizados no primeiro ano de “eugência”

Meus 6 principais aprendizados no primeiro ano de “eugência”

Há exato um ano, eu dava meu segundo passo rumo à autonomia e começava a trabalhar por conta própria em meu escritório (o primeiro passo foi pedir as contas na agência onde eu trabalhava rs). Hoje, completo meu primeiro aniversário de “eugência” e vim compartilhar com você os principais aprendizados que tive durante este período:

1.VALORIZAR O MEU TRABALHO
Nos primeiros meses, o medo de ouvir “não” era tão grande e eu precisava tanto de cliente, que baixei o valor da minha prestação de serviço. Quando o cliente assinou o contrato e eu comecei a desenvolver o trabalho, dei-me conta de que não valia a pena por inúmeros fatores. Se um prospect não concorda com o meu valor, não tem problema, afinal, cada um traz consigo uma perspectiva, certo? Eu sei o quanto me dedico, o quanto me comprometo, o que ofereço, quais são os meus gastos e quanto vale meu trabalho, por isso esta decisão também cabe a mim – e eu decidi não aceitar menos do que mereço.

2. ESCOLHER COM QUEM/O QUE QUERO TRABALHAR
Para mim, é essencial sentir prazer no que faço. Enquanto algumas pessoas diziam “Você está começando, precisa pegar esse cliente pelo dinheiro”, eu pensava: “Sou eu quem vou escrever sobre um tema que não tenho a menor aptidão ou familiaridade, vai ser mais difícil do que já é e eu sou obrigada a aceitar pelo dinheiro? Por quê?”. E depois de muito refletir, cheguei à conclusão de que um dos benefícios de ser autônoma é ter o poder de escolha. Se eu preciso batalhar para conseguir a recompensa do meu trabalho, então que este processo seja prazeroso.

3. PESQUISAR MELHOR O HISTÓRICO DOS PARCEIROS
Fica um conselho: te indicaram um fornecedor? Então, peça para conversar com o último cliente, dê uma olhadinha nas redes sociais e, mesmo assim, desconfie. Trabalhei com profissionais que me fizeram perder prazos importantes, deixaram-me na mão em uma ação temática extremamente importante para o cliente, tive prejuízos financeiros – e isso tudo sem contar na relação que ficou balançada com o cliente porque eu era a interface. Seja muito minucioso ao escolher um fornecedor/parceiro de trabalho. Claro, tenho aqueles em quem confio e são extremamente leais e responsáveis, mas as más experiências me deixaram um pouco traumatizada rs.

4. ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA
Antes de decidir ser “eugência”, conversei com algumas jornalistas autônomas e pesquisei sobre o assunto. Por meio de conselhos e experiências alheias, vi que o planejamento financeiro era de extrema importância para eu ter segurança e lidar com imprevistos ao longo do caminho. Abri minha empresa e passei a administrá-la como tal: eu sou uma funcionária, recebo meu salário todo dia “x” e mensalmente deixo um valor em caixa para que eu possa ter capital de giro – inclusive, foi essa organização que me ajudou a lidar com os imprevistos que citei no item anterior, que me permitiu investir na minha identidade visual, a contratar fornecedores fixos, criar o seu meu site, e assim por diante.

5. SER SINCERA
Ainda sou empresa pequena e não sei o que o futuro reserva para mim, mas desde o início eu sempre achei importante ser sincera. Tenho um exemplo prático para compartilhar! Eu precisava de um designer e me indicaram um rapaz. Eu fui totalmente honesta com ele: “Olha, estou começando agora, a demanda é assim e assim, eu adorei seu trabalho e gostaria de trabalhar com você, mas no momento eu só consigo pagar tanto. Meu portfólio é esse e meu objetivo enquanto jornalista produtora de conteúdo é esse e esse. Você tem interesse?”. Fiquei extremamente feliz quando deu certo!

E isso também vale para o cliente. Quando ele me questiona sobre algo que não sei, eu digo “Ainda não fiz isso e não tenho muitas informações, mas vou pesquisar e nós voltamos a conversar, pode ser?”. Você ficaria surpreso ao ver como as pessoas retribuem a sua sinceridade. Tem valido muito a pena para mim!

6. SEMPRE ME ATUALIZAR
Estudar e aprender são aprendizados tão valiosos quanto os itens anteriores. Quando vou a eventos, congressos, cursos e aulas, tenho a impressão de que minha mente vai explodir rs. Sempre tenho ideias, insights, vejo o que posso fazer de novo por meus clientes, o que posso aprimorar. E sabe qual é a melhor parte? Quando levo as sugestões aos mesmos, eles aprovam, eu executo e vejo os resultados depois.

Tenho certeza que o caminho será longo e o aprendizado será constante, mas se amanhã você decidir ser um jornalista freelancer ou autônomo, espero que a minha experiência inicial possa te ajudar de alguma forma.

Muito obrigada por ter lido até aqui!

Foto: Sarah Daltri

Olá! Meu nome é Cinthia e sou jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Desde 2011, atuo na produção de conteúdo para mídias online e offline, contemplando textos para site, hotsite, landing page, infográfico, newsletter, e-mail marketing, redes sociais (Facebook, Instagram, WhatsApp, Linkedin etc.), material gráfico, e assim por diante. Além disso, trabalho com marketing digital por meio de ações estratégicas de marketing de conteúdo.
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